Durante os dias 7 e 9 de agosto, Belo Horizonte se torna a capital mundial da cachaça de alambique. Começa nesta quinta-feira (07) a 34ª edição da Expocachaça, considerada a maior vitrine de cachaça de alambique do mundo. Neste ano, o evento conta com a participação de 18 estados brasileiros e com uma expectativa de público de 25 mil pessoas.
São 250 expositores com mais de 2 mil marcas de produtos, insumos e equipamentos de toda a cadeia produtiva para as cachaças de alambique. A previsão é de que a feira movimente R$ 30 milhões durante e pós-evento.
Somada todas as edições, a Expocachaça já gerou cerca de R$ 500 milhões em negócios e recebeu aproximadamente 2,36 milhões de visitantes.
Segundo o Anuário da Cachaça 2025, divulgado recentemente pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, em 2024 o Brasil contava com 1.266 estabelecimentos registrados, um aumento de 4% em relação ao ano anterior e de 33% na comparação com 2018.
A produção nacional também registrou uma alta significativa. Em 2024, foram declarados 292,46 milhões de litros de cachaça, um crescimento de 29,6% frente aos 225,6 milhões de litros produzidos em 2023. A região Sul foi a que apresentou o maior avanço percentual: um salto de 300,6%, com 58,2 milhões de litros produzidos. Já a região Sudeste permanece na liderança, com mais de 172,6 milhões de litros, o equivalente a 59% da produção nacional.
Em termos de empregabilidade, a cadeia produtiva da cachaça também se mostra relevante. Em 2024, o setor gerou cerca de 6.363 empregos diretos mensais, o que representa 4,5% de todos os empregos formais no setor de bebidas do país, segundo dados do CAGED/MTE.
No campo das exportações, o setor enfrentou retração. O Brasil exportou 5,58 milhões de litros da bebida para 74 países, o que representa uma queda de 22,7% no volume e de 28,1% no valor, totalizando US$ 14,54 milhões.
A novidade deste ano é que a feira traz mais dois eventos, a 18ª BrasilBier ampliando a visibilidade das cervejas especiais brasileiras; e a 3ª edição do Minas + Doce. Os três eventos se tornam um hub de fomento cultural, gastronômico e empreendedor. Todos são realizados pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e do patrocínio da CEMIG.
O evento acontece de 07 a 09 de agosto no CenterMinas em Belo Horizonte.
A região Sudeste lidera com folga, reunindo 65,4% do total nacional. Nesse cenário, Minas Gerais reafirma sua posição de protagonismo: são 501 cachaçarias registradas no estado, o que corresponde a 39,6% de todos os produtores do país.
O número de rótulos de cachaça registrados também teve avanço expressivo, totalizando 7.223 produtos, um crescimento de 20,4% em relação a 2023. Mais uma vez, Minas Gerais se destaca, sendo responsável por 2.492 desses registros, ou seja, 34,5% do total nacional, o que demonstra a riqueza e a diversidade da produção artesanal no estado.
